Poéticamente escrevendo

05/08/2012 17:23

 

Eu e Abu, o som que une mundos

 

 

 

Abrindo espaço para o novo, falarei em forma poética de minha aproximação musical com o multiartista André Abujamra, uma grande figura da cena musical atual e que representa parte da vanguarda sonora desta terra descoberta, primeiro, pelos índios que aqui habitavam.

Eis, na dosagem certa, as palavras que navegam neste papel e que ecoam como uma canção, como a nossa canção que diz que “tem luz na caldas da flecha”, flecha que é a haste da energia de Oxóssi. Vejamos, então, “Eu e Abu”.

 

Eu e Abu

O som no meio do caminho

Uma acorde, uma amizade e um verso

O som unindo mundos, corações e mentes

Presença na minha caixa com 130 canções inéditas

E eu presente no seu disco Mafaro

E eu presente no show do Karnak, em Sampa, neste ano de 2011 de muitas alegrias

Eu e Abu

O mundo ecoando o nosso som

Um som de agora e que é ancestral

Vindo da mãe África

Na flecha de Oxóossi que nos guia por matas e concretos

E essa mãe África

Mãe de todos nós e que nos oferta o seu axé

Aqui na Bahia da magia

E na paulicéia desvairada que simboliza o grande Brasil

Eu e Abu

Encontro que o som projetou

Num sol que celebra

A luz e o acorde das nossas mensagens musicais

Como se tudo já estivesse planejado

E realmente está

Pois as palavras deste texto não foram planejadas

Elas saem de minha cabeça em ebulição

De onde saiu a Axé Music

Lá no Trio Tapajós e em seguida no voo solo do disco Magia

Obra que Abu tanto curtia

E ainda curte

Pois tocamos Fricote com o Karnak

E fricoteamos a inventividade dos mundos misturados

Mundos irmanados da Bahia e de Sampa

E lá no caminho

Antes da pedra de um poema de Carlos Drmmond de Andrade

Havia a amizade que a Internet ordenou

Cujos frutos colhemos para sempre

Pois os frutos são as obras prontas

Sementes do artista e do amanhã

Filhos que habitam a cultura

Nas rádios e nas bocas das pessoas

No verso-reverso-nexo-e-antinexo

E eu e Abu seguimos

Como quem trilha no mundo da irmandade

Como outras irmandades que existem

E nunca serão quebradas ou esquecidas

Pois o que é inquebrável é o amor

É o respeito

É a bondade

É a verdadeira amizade

E é o som que tanto nutre os nossos viveres.  

 

 

Luiz Caldas e César Rasec

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